ERS-316 tem pedras que prejudicam o trânsito

Todos os dias, de segunda a sexta-feira, o bancário Éverton Márcio Buss Flores, 34 anos, viaja de Santa Maria, cidade onde mora, até o seu trabalho, no município de São Martinho da Serra.

Desde o início desta semana, o bancário trocou a ERS-316 pela BR-158, até Val de Serra, onde acessa uma estrada municipal que leva a São Martinho. São cerca de 30 quilômetros e, pelo menos, meia hora a mais, na ida e também na volta, para casa. É que o caminho está cada vez pior. Se antes o que incomodava eram os buracos, o problema agora é o pedregulho.
- A estrada já estava horrível, sempre teve problemas. Mas, de uns dias para cá, a empresa que faz a manutenção colocou umas pedras que são muito grandes. Então, os motoristas precisam ficar desviando. Mudei o meu caminho antes que estrague o meu carro. Prefiro fazer 30 quilômetros a mais - conta Flores.

Anderson Flores da Trindade, 27 anos, bancário, mora em São Martinho. Ele costuma viajar até Santa Maria pelo menos três vezes por semana e também se diz preocupado com a situação ERS-316:
- O meu carro não estragou, mas tenho amigos que já tiveram problemas mecânicos em função das pedras. A gente se preocupa com o carro, mas também é perigoso por causa de acidentes. Desde que vi que a estrada estava calamitosa, entrei em contato com o Daer (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem) pelo site. Até responderam, dizendo que a estrada estava em fase de análise. Era para ela ser revitalizada, mas parece o contrário disso.

De acordo com o engenheiro Dalton Garcia, da superintendência do Daer, existe um contrato com a empresa Della Pasqua, responsável pela estrada, que está em fase de obras.
- Ainda não há nenhum trecho concluído. É necessário fazer uma escarificação (colocar material novo), mas, para isso, é preciso fazer uma análise, esperar ter a umidade correta para compactar o solo e, com esta chuva, complica muito o trabalho - explica Garcia.

Na tarde de quarta-feira, a reportagem do Diário entrou em contato com a Della Pasqua por quatro vezes, mas não conseguiu falar com nenhum responsável pela empresa ou pela obra na estrada.